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Santa Maria/Cruz Alta, Rio Grande do Sul, Brazil
Tome sua dose de Litera Rock ou cale-se para sempre!

25 de jun. de 2011


 Sobre o tempo

Nenhum homem deveria viver mais do que o seu tempo. Observe esta conversa quase filosófica entre dois roqueiros seqüelados.

 
            As declarações mostram que Wander Wildner não é apenas  um artista talentoso, mas que ele possui a compreensão sobre o seu tempo. Não é apenas o artista que não consegue se reinventar. Ele não vê razão em se reinventar. É como se ele estivesse preso a algo, não à sua classe e a algumas roupas, como no poema de Drummond, mas ao seu tempo.
As lendas do rock do passado ainda podem lançar bons discos, mas eles podem ser simultaneamente geniais e relevantes? Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison precisavam fazer mais do que fizeram? Mesmo que eles fossem tão geniais, a época seria a mesma? Vale à pena estar vivo e condenado a cantar as mesmas canções descontextualizadas para um público envelhecido? São muitas as perguntas e insuficientes as respostas.

(por Diego Eduardo Dill)

23 de jun. de 2011


A inspiração do velho Iggy Pop



Essa semana tive a grata surpresa ao receber um scrap via Orkut do meu grande colega e amigo Geison Oliveira com um vídeo que conta de onde veio a inspiração do rockeiro James Newell Osterberg (Iggy Pop) para produzir o álbum Préliminaires. Este trabalho do velho Iggy reúne baladas jazz em francês e com efeitos eletrônicos. Estranho? Sim, mas muito bom.



Confere só de onde saíram as ideias da Velha Iguana do Rock!


Michel Houellebecq é um escritor francês, nascido na ilha Reunião, em 26 de Fevereiro de 1958 (de acordo com sua certidão de nascimento) ou 1956, segundo a biografia do jornalista Denis Demonpion. Seus romances Partículas Elementares e Plataforma lhe valeram uma reputação internacional de provocador, embora sejam também frequentemente considerados como um sinal de renovação da literatura francesa. Com o livro La Carte et le Territoire, Michel Houellebecq recebeu o prêmio Goncourt de 2010, o mais prestigioso da literatura francesa.  



A Possibilidade de uma Ilha é um livro com monólogos clássicos nos quais se mesclam provocações e uma visão fria e cruel da existência, o livro do polêmico autor francês traz a história de Daniel, protagonista que narra os últimos anos de sua vida. Ele descreve suas relações sexuais e amorosas com Isabelle e Esther, e seu contato com uma seita que assegura que o ser humano pode alcançar a imortalidade.

 


(Por Marcelo Rosa)

18 de jun. de 2011

O nascimento dos Cronópios

Saudações meus amigos! Depois de algum tempo afastado do blog por problemas pessoais, trabalho e faculdade, estou de volta para colaborar com meu companheiro Diego e com vocês. E já que estou voltando, quero que esse retorno seja em grande estilo. Por isso, quero compartilhar um vídeo onde o grande escritor argentino Julio Cortázar conta em entrevista a TV Espanha (TVE) em 1977 como nasceram os Cronópios, personagens de sua obra intitulada "Historias de cronopios y de famas." Obrigado pela atenção e até mais ver!


Quando os cronópios saem em viagem, encontram os hotéis cheios, os trens já partiram, chove a cântaros e os taxis não querem levá-los ou lhes cobram preços altíssimos. Os cronópios não desanimam porque acreditam piamente que estas coisas acontecem a todo o mundo, e na hora de dormir dizem uns aos outros: – Que bela cidade, que belíssima cidade! E sonham a noite toda que na cidade há grandes festas e que eles foram convidados. E no dia seguinte levantam contentíssimos e é assim que os cronópios viajam”



 História de cronópios e de famas, o sexto livro de Julio Cortázar, foi escrito em Roma e em Paris, no período de 1952 a 1959, e publicado em 1962, um ano antes de O jogo da amarelinha.

(Por Marcelo Rosa)


6 de jun. de 2011


Histórias de morte

O título da obra ‘A morte e a morte de Quincas Berro D’água’, de Jorge Amado passa a impressão de um equívoco. O certo seria ‘A vida e a morte de Quincas Berro D’água’. Essas palavras repetidas parecem um lapso do autor, mas então nos damos conta de que um novo sentido surge através do rearranjo das palavras.
O título do poema ‘Morte e vida Severina’ de João Cabral de Melo Neto também perece um erro. Todos sabem que a vida vem antes do que a morte, mas não para o retirante. Para ele, a morte vem antes porque ela é certa, a vida é que é incerta.
Se para Jorge Amado, a morte tem um sentido descontraído e para João Cabral de Melo Neto, um sentido social, para Raul Seixas, a morte mantém o sentido metafísico.