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30 de mai. de 2011


Caipiragem mambembe em grande estilo

Tábua de lavar, metro e meio de corda, balde de alumínio, uma colher de sopa, cabo de vassoura, banjo e violão. Eis a parafernália utilizada pelos Folk Brothers para fazer releituras de clássicos do blues, do folk e da música pop das décadas de 60 e 70.

Inspirados nas jugbands do oeste norte-americano, o trio de experientes músicos optou pela praticidade do formato mambembe para levar cultura e diversão ao público gaúcho.

O currículo dos artistas já seria motivo suficiente para assistir uma apresentação da banda. Renato Velho, que tocava banjo no conjunto de bluesgrass Trem 27, com o ex-TNT Márcio Petracco, carrega dois troféus do Prêmio Açorianos de Música de Porto Alegre: melhor disco infantil, pela trilha da peça de teatro O Corvo e O Espantalho (2003) e melhor instrumentista, pelo CD solo Estratosférico (2005).

Gustavo "Prego" Telles, como baterista da Pata de Elefante, recebeu o troféu de Melhores do Ano na categoria Revelação, também no Prêmio Açorianos, em 2005. Além disso, Prego já teve canções de sua autoria gravadas por importantes bandas gaúchas, como Acústicos e Valvulados (Quando o Amor Deixar de Ser) e Ultramen (O lugar mais lindo desse mundo).

Como guitarrista da Graforréia Xilarmônica, Carlo Pianta também é antigo freguês do maior prêmio de música da capital, ganhando o troféu de Melhor Banda, em 1995. Traz ainda passagens pelo De Falla e pela banda Expresso Oriente, de Júlio Reny. Em 2004, lançou o CD solo A Estrada Perdida.

Entretanto, como Folk Brothers, eles superaram o reconhecido talento musical e se revelaram excelentes professores. Seu show é uma aula sobre as origens da música negra americana, com direito a audaciosas defesas de teses e, porque não, divertidos causos, piadas e trocadilhos de última hora.

Ver uma banda gaúcha buscando as raízes de um estilo nascido entre a população pobre do interior dos Estados Unidos, reafirma a idéia de que todo regionalismo é universal em sua essência. Como diz o próprio Renato Velho, "não somos nada originais, mas com certeza somos autênticos".

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